Monte Batur #Ubud | Indonésia

Esta foi das experiências mais duras e mais incriveis da minha vida.

Subir a um vulcão para ver o nascer do Sol: Check

Foi um tour que planeámos fazer desde que estávamos em Portugal, a pesquisar as coisas para fazer na viagem.

Marcámo-lo através do hotel porque percebemos que o valor era tabelado e era o mesmo em todo o lado. O combinado era estarmos prontos às 2 da manhã porque iam-nos buscar ao hotel entre as 2 e as 2:30. Assim foi. Por volta das 2:30 chegou a nossa carrinha já com 4 pessoas e seguimos viagem para a zona do vulcão. Pelo caminho parámos num 'café', equivalente aos nossos tascos, onde comemos uma banana frita e bebemos um café para energizar. Quando chegámos à base do Monte Batur nem queríamos acreditar, dezenas ou centenas de carrinhas, centenas ou milhares de pessoas! Tanta mas tanta gente! Deram-nos uma caixa com o pequeno almoço para comermos quando chegássemos ao topo. Iam ser cerca de 2 horas de subida e supostamente ia estar frio. Começámos a caminhada num grupo com cerca de 12 pessoas, com dois guias, um atrás e outro à frente, como se faz aos meninos da creche. Cada grupo ia ao seu ritmo e se alguém precisasse de parar, encostávamos. Como era de noite, cada pessoa ia com uma lanterna e foi fantástico ver o caminho todo iluminado com as várias luzinhas. Conseguíamos por isso perceber qual a direcção do caminho que íamos fazer através das pessos que iam à nossa frente e qual o que tínhamos deixado para trás com base nas pessoas que ainda estavam para trás.

Ao início o caminho fez-se bem, não era muito íngrime nem acidentado mas conforme fomos subindo foi piorando. Houve alturas que mais parecia uma escalda, entre pedras vulcânicas e areia a rolar montanha abaixo. Os últimos metros são apenas de cinzas vulcânicas e nessa altura as minhas pernas não queriam acompanhar o ritmo nem queriam responder mais. É como se estivessemos a andar na areia solta da praia, sempre a subir e parece que nao saímos do mesmo lugar. Os meus músculos estavam na 'falha', pior do que no ginásio! Não pensei que fosse custar tanto mas foi uma prova superada! E o frio que ia estar? :') Só posso dizer que fiz o caminho todo de blusa de alças e cheguei ao topo completamente encharcada em água! Claro que lá em cima estava frio, Eram 6 da manhã e estávamos a cerca de 2000 metros de altura mas durante o caminho, zero de frio!

Vimos o nascer do Sol, conseguimos contemplar uma paisagem linda e tomar o pequeno almoço para repor energias antes de voltarmos a descer. Como o vulcão ainda está activo, há algumas zonas onde podemos ver o fumo a sair por entre as rochas e percebemos que está bem quente por lá.

O caminho para baixo durou aproximadamente uma hora e meia e não foi o mesmo que fizemos para cima. Talvez porque fazer o mesmo caminho para trás fosse muito complicado devido à inclinação e ao estado do terreno (mesmo assim ainda houve muita gente a cair) ou porque este tinha mais árvores que nos abrigavam do Sol forte que já se fazia sentir, ficámos sem saber.

No regresso parámos numa platação do café Luwak para fazer a prova dos cafés. Deram-nos a provar vários chás e vários cafés que produzem, incluindo o Kopi Luwak. O café Luwak é dos mais caros e raros do mundo e é extraído das fezes do animal que lhe dá o nome - Luwak -. Eles dizem que o Luwak é equivalente ao gato mas eu acho-o mais parecido a uma doninha. :') Estavam dois na plantação que visitámos mas estavam a dormir e não consegui tirar fotos que se percebam como é. Na verdade nem eu consegui vê-los como deve ser e perceber como são mas já pesquisei imagens na internet. Em relação ao café, foi o mais parecido que bebi até agora com o café solúvel que estamos habituados a comprar no supermercado. Confesso que não estou a gostar do café Balinês e já desisti de pedir expressos depois das refeições. Fico-me pelo café solúvel que bebo no pequeno do hotel. Mas que saudades que eu tenho de um bom expresso.